terça-feira, agosto 24, 2010

Em Coimbra





Num parque lindíssimo que eu ainda não conhecia, na sexta feira passada, vi e ouvi as águas serenas do Mondego, permeadas duma luz lindíssima, e banhei a minha alma de tranquilidade - a tranquilidade que, no dia a dia, tanta falta me faz.
Há momentos perfeitos, e são muito simples e não custam um tostão: fazem-se de coisas que são de todos, nuvens, luz, relva, praias, águas, pinhais, amigos.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Agora mesmo,

a pagar a àgua, assisti a uma conversa entre dois cromos, sobre as mal repartidas riquezas: Uns sem nada, que somos nós, muitos com pouco e alguns com muito.
É praticamente imoral dizermos que não temos nada, nós, que temos tecto, roupa que nos vista e comida que nos alimente todos os dias. Porque há quem de facto não tenha nada.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Tantas coisas e quase nada, num final de noite.*

Hoje particularmente, tenho muitas saudades dos meus sobrinhos. De abraços limpos e sorrisos a sério. A vida adulta é muitas vezes uma verdadeira merda (não me apetece usar outra palavra) e não nos permitem inversão de marcha ou grandes desvios de percurso. As minhas opções não são muitas vezes verdadeiras opções, são uma espécie de "que remédio"...









* tantas coisas são as que calo, quase nada o que me permito escrever. Um blogue não é um diário.

sábado, agosto 14, 2010

Das coisas que eu digo

Para um rapaz que queria à viva força esconder (com fond de teint - base) uma tatuagem que tinha no pescoço e que eram as iniciais da ex-namorada.
- O amor eterno é muito efémero.

Hipersensibilidade

Ontem um cliente e uma colega de trabalho envolveram-se numa longa discussão sobre o triste estado da nação. E eu a ouvi-los, a conversa tinha sido inicialmente comigo, fui ficando cada vez mais angustiada. Disse-lhes que estavam a perturbar-me e pararam. Há meses que não ligo a televisão. Sou fã da avestruz, que enterra acabeça na areia. Pronto. Era isto.

"O meu coração acompanhar-te-á até aos confins do mundo"

Sai-se de um filme de que se gosta muito como se se viesse de outra dimensão.
Depois do trabalho, donde saí às 23 horas e 30 minutos, fui ao cinema ver Contraluz, o filme a propósito do qual António Feio nos disse "Ajudem-se uns aos outros, não deixem nada por dizer, nada por fazer". Gostei. Muito.
Às vezes é nos filmes que vemos que a nossa vida é parecida e é bonita. Na pele das personagens que somos parece-nos tudo confuso demais, rotineiro e desinteressante muitas vezes. Se virmos em perspectiva, ou, como eu gosto de imaginar, como uma águia de asas abertas e olhar agudo sobre a nossa própria vida, as coisas ganham em beleza e poesia. E como eu gosto de poesia! Nem tanto da dos livros, muito mais daquela que vejo à minha volta quando os meus olhos estão lavados e o meu coração em paz.
No intervalo do filme fui comprar pipocas, eu que nem gosto muito de pipocas, invejei as do vizinho do lado. Achava eu que só se comiam pipocas quando não se gostava do filme, mas pronto, eu comi pipocas e adorei o filme...
De regresso a casa ainda me sentia envolta em magia, a rádio ligada e o frio da noite a embalar-me. Na rádio passou uma das minhas canções preferidas, Muda de Vida, dos Humanos, e - caraças! - apetece-me mesmo. Assim a preguiça não me vença.
Nas curvas do caminho, previsivelmente, caem pipocas pelo chão do carro - não quis pô-las no lixo e... amanhã hei-de contar pipocas e formigas.
Chegada a casa, já bem tarde, ligo-me à net. Vontade de conversar. Sai-se de um filme de que se gosta muito com vontade de dizer coisas. Dizer coisas não é bem conversar, não sei se é mais se é menos, mas é diferente.
Ligo-me à net e leio isto. Sim, temos connosco gente que vale muito a pena - saibamos reconhecê-la nos dias sem (demasiada) dor.

quarta-feira, agosto 11, 2010

O meu coração está inquieto.

Tenho andado nervosa. Mas a verdade é que tenho razões para isso (coisas para resolver que me exigem coragem e determinação) e quero aprender a respeitar as minhas emoções. Elas também me são úteis, se eu aprender a fazer delas uma brisa, não uma ventania.
Deus, põe a Tua mão sobre o meu coração, e tranquiliza-me, porque estás comigo.

domingo, agosto 08, 2010

Hoje o céu esteve cinzento. Mas um calor impossível. Grossas gotas de chuva, grossas mas poucas, carregadas de terra. Sujaram-me o carro e perturbaram a pouca paz do meu coração. Vi e ouvi helicópteros. Os incêndios. Este país, este mundo terrivelmente louco e doente.
Ontem eram só as minhas complicadas ralações laborais, que às vezes insisto em carregar comigo, hoje é a vida que me dói. A vida que todos os dias, sob tantas formas, se mata. Impotência.

Hoje estou triste.

E nem me apetece explicar porquê, porque há coisas que não se contam nos blogues. Eu só conto deste aperto na garganta, deste peso no corpo a tornar-me rentinha à terra...

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...