quinta-feira, março 14, 2013

O Mário suicidou-se hoje. Há dezoito anos, quando o meu irmão morreu, foi o Mário que nos acolheu e nos  sentou à sua mesa para que almoçássemos sossegados. Foi um gesto de amor e acolhimento que nunca esqueceremos. Há dezoito anos, penso que não lhe fora ainda diagnosticada a doença bipolar, grave e funda. Muitos períodos de profunda depressão, outros tantos de uma euforia pouco saudável. E assim se vai um homem afastando de si mesmo. Isto não foi um suicídio, Mário. Foi a doença que te foi matando, e que finalmente matou.

Descansa em paz. Nós ficamos, por enquanto. Tristes. Gostávamos de ti, sabias?

3 comentários:

deep disse...

Não há muito tempo perdi uma pessoa próxima por uma razão idêntica. Apanham-nos de surpresa, ficamos quase sem saber o que sentir.

Deixo-te um beijinho e um xi apertado.

Vilma disse...

Que ele tenha sido acolhido nos braços amorosos do Pai Eterno!

um abraço para ti Dulcita!

Dulce disse...

É mesmo isso, Deep. Um golpe que nos apanha de repente. Naquele instante, àquela notícia, a vida pára: "não é possível!". Mas é.

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...