sábado, setembro 13, 2014

O facebook não basta. Não é possível abrir a alma no facebook. Nem se deve. O blogue é mais intimista, menos apressado, mais pessoal. Ainda assim também não é aqui que posso falar do que vai cá por dentro. Este meu "cá dentro" é um mundo do tamanho cá de fora. Não consigo nem posso dizê-lo. Às vezes tenho a sensação de que me engasgo e me afundo no meio do que sinto. Sou pequena demais para mim, pequena demais para suportar e conciliar o que sou. Em certas alturas, como hoje, como agora, suplico a Deus um abraço de pai, com direito a lágrimas meninas  no tecido da Sua veste, contra o Seu peito. Eis-me à beira dos cinquenta anos, e tão precisada dum pai como um recém-nascido. Shame on me. Ou, como dizia a minha mãe antigamente, vergonha te mate. Vergonha tomate.

3 comentários:

Maria-Portugal disse...

viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
Lucas 15,20

Aí está!!

mfc disse...

Não podia estar mais de acordo!
Um blog sente-se.

Beijinhos

Anónimo disse...

Penso que nunca deixamos de precisar de abraços e de colo.
Quanto à diferença entre o Facebook e blogue, estou contigo, por isso continuo a manter o blogue e a sentir-me nele mais em casa.
Já adicionei a tua nova casa aos favoritos.

deep

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...