quinta-feira, junho 23, 2011

Alturas há em que as minhas emoções andam à flor da pele... Tudo quanto leio ou ouço me é motivo para um nó na garganta e lágrimas nos olhos. Nem sempre de tristeza. Hoje não é de tristeza. É de ternura pelas histórias dos outros, pelo riso e pelo choro dos outros, pelas vitórias dos outros também. No fundo, lá no fundo, acho que tenho um coração grande, onde cabem todos os meus amigos e há sempre espaço e um abraço para mais alguém que chegue.

quarta-feira, junho 22, 2011

Nos meus sonhos da noite passada a minha gata Nuvem, que é preta e branca, era preta e cor de rosa. E tinha morrido atropelada num campo de trigo, onde, pela imagem que retive, não passavam carros nenhuns. E chorei muito, claro.

terça-feira, junho 21, 2011

Há alturas em que eu só devia estar sozinha. Sozinha sempre me vou entendendo comigo, com os outros irrito-me e entristeço-me sem porquê. Às vezes penso que se as pessoas me aturam nestas alturas e não me mandam à ... (aí) é porque devem gostar muito de mim.

sexta-feira, junho 17, 2011

Coisas (muito) importantes

Raramente o faço, mas hoje vi o telejornal. E no meio das desgraças várias com que sempre nos presenteiam, informam-me de que o filho de Cristiano Ronaldo vai ser baptizado. Ok.

quinta-feira, junho 16, 2011

Nós e os outros.

Ontem à noite estava no carro a conversar com uma amiga quando uma mulher de meia idade se abeira de nós e nos pede "uma moeda para comer uma sopa". Estava tudo fechado excepto um restaurante chinês ali perto, que de resto já estava a fechar. Eu tinha mesmo pouco dinheiro, considerando que hoje tinha uma conta para pagar. Que se lixe, pensei. A mulher parecia um animal acossado, com fome e com medo. Não parecia uma sem-abrigo, não estava suja, não cheirava a álcool. Estava magra, esfomeada, desconfiada. Agarrou-se à sopa e à tigela de arroz e desapareceu à velocidade da luz para ir comê-las num canto qualquer, suponho. Gostava de ter sabido por onde ela anda para poder dar-lhe pelo menos algo para comer todos os dias, mas ela lançou-me uns olhos imensamente assustados e disse que não precisava de nada.
O Banco Alimentar Contra a Fome chega a estas pessoas? Suponho que nem sempre. Que eu seja então uma sucursal. Que Deus me dê olhos para ver, mãos para dar e um coração disponível.

domingo, junho 05, 2011

Morri. Dêem-me três dias e ressuscito. Quem diz três dias diz três meses, quiçá três anos.

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...