terça-feira, junho 27, 2006

Caminhar faz bem aos neurónios...


...entre outras coisas.

19 horas.
Dia de folga quase sem ter saído de casa, e sem nada de útil ter feito. Ala que se faz tarde. Marchar marchar.
Saí de casa. Renovei-me. Devia fazê-lo todos os dias e ainda estou para saber o que me impede.

Aprendi, vi, recordei muitas coisas enquanto caminhava.
Vieram dois rafeiros vadios lamber-me as mãos. Acarinhei-os. Acarinharam-me. Entendemo-nos bem, eu e os cães vadios.
Passei pela Casa do Silêncio, de que falei neste blog, no passado mês de Janeiro... (Tentei fazer um link para esse "post", mas a minha ignorância informática não mo permitiu...). Está engalanada, a casa do silêncio, com uma bandeira de Portugal e uma dos Estados Unidos da América. Why?I don't know...
Vi campos de milho, e campos de não-sei-o-quê. Trigo? Aveia? Eu, uma filha da aldeia, confesso envergonhada: desapeguei-me da terra. Gosto dela. Do seu cheiro, do seu mimo, da segurança com que nos acolhe. Mas esqueci-me de tantas coisas, e hoje até me fez falta a minha mãe para lhe perguntar de que eram aquelas culturas: cebolo e melões, acho eu...
Ai a cidade, as distracções da cidade que me afastaram do cheiro fresco dos quintais!... Mas como gosto da cidade! Como gosto das distracções! Como gosto dos muitos rostos desconhecidos que me fazem sentir anonimamente acompanhada!
Olhando os campos de milho lembrei-me de tão antigamente, quando me mandavam levantar cedo para arrancar espigas...(Não gostava lá muito disso, não senhor...) Imaginava que entrava num mar verde, e desaparecia no meio daquelas folhas e espigas. Era mesmo verdade, porque o milho era mais alto do que eu.
Gostava que houvesse um mar verde, um mar campestre, mas suave, e macio, e compacto, e total como o mar!
Às vezes penso que Deus, nos seus seis dias de trabalho, Se esqueceu de inventar mais umas coisas giras. Gosto muito de Deus e permito-me brincadeiras que parecem heresias, porque acredito que também foi Ele que me deu imaginação e sentido de humor. Aliás, acho que seis dias é muito pouco para fazer um trabalho tão completo. Apesar dos esquecimentos, vinte valores para Deus, portanto. (mutatis mutandis, esta minha veleidade de avaliar o Criador, lembra-me as recentes ideias dos Srs da Educação relativamente às avaliações aos professores...).
Depois vi umas velhinhas a conduzir. Velhinhas e condutoras e cuidadas e cuidadosas... Que bom! Eu que temo a velhice pelas incapacidades que ameaça trazer-me... Lembrei-me dos nossos projectos: meus, da C e da M. Quando tivermos 65 anos, juntamos as nossas economias e compramos uma casinha à beira-mar. Lá viveremos as três, prometendo que apenas podemos adoecer à vez: uma de cada vez, para que as outras duas possam prover a necessária ajuda. Diz o meu mano: comprem uma caravana, sempre podem conhecer mais praias! Ó minhas amigas, vejam se conseguem amealhar mais trocos do que eu, que não vejo jeitos de levar isto a boa praia! :)
...
Bem, que longa converseta.
Fico-me por aqui e vou lavar a loiça, ok?

Oh!!!

A minha liquidificadora liquidificou-se. :(

Eu queria natas batidas para juntar a uma sobremesa que me fiz ontem. Julguei que era fácil. E em vez da batedeira usei a liquidificadora, porque me parecia que aquilo batia à mesma e era mais fácil. Despejar as natas e o açúcar, ligar o aparelho. As natas estão inutilizáveis e a liquidificadora também. E quanto ao aparelho acho que a culpa não foi minha. Utilizei-o 3 vezes. Foi barato. Mas como não guardei a garantia, saiu caro.
E agora não tenho natas.
Também, elas engordar-me-iam. Sinais de fumo (de fumo!) dos céus: Não comas natas, não comas natas!
E chocolate, posso?

Adenda: um pouco exagerada, a menina aqui. A liquidificadora não se liquidefez (?) toda. Apenas uma peça, uma pecinha pequena e fundamental...

segunda-feira, junho 26, 2006

Sãozinha

Se eu tivesse que escolher um nome para mim própria, chamar-me-ia São: Desorganização.

Depois do banho, como tantas vezes, procuro os óculos.
O problema de não se saber dos óculos é procurá-los sem óculos...

Desafios da vida caseira

Alguém disse que quem quisesse dar banho a um gato devia estar preparado para tomar banho também. Hoje dei banho à minhas gatas. E elas deram-me banho a mim. Agora vou tomar outro. Eu sozinha

sexta-feira, junho 23, 2006

À sombra duma dúvida


Há dias alguém disse:
- Gosto mais da praia x do que da y, sem sombra de dúvida.
E eu, que tinha pouco em que pensar, fiquei a pensar no quão útil me podia ser uma dúvida que me fizesse sombra, na praia...

segunda-feira, junho 19, 2006

Reflexícula (Adoro neologismos)*

Numa noite que se adivinha longa, porque tenho que acordar muito cedo, e isso retira-me a tranquilidade para adormecer pacificamente, ponho-me a pensar na vida. Na minha, claro. Neste ser assim, sendo que não é mau ser assim, apenas incomum. Porque mo fizeram (re)pensar hoje, partilho-o aqui: Sou uma pessoa muito afectiva, talvez excessivamente, o que às vezes gera mal-entendidos e confusões. Acontece às vezes que me apetece abrir o meu coração a pessoas que mal conheço. E confiar nelas. E gostar delas. E faço-o. Simplesmente porque não aprendi a ter defesas e a esperar pelo tempo razoável da confiança e dos afectos. Para mim, as defesas vêm depois, se determinada pessoa me magoa ou desilude. A velha história: casa roubada, trancas à porta. A verdade é que, correndo algumas vezes o risco de ser incompreendida, (já) não me importo muito. De resto, esse risco corrêmo-lo todos, mesmo os prudentes...

E, como dizia a minha prima, Chacun est comme chacal!

* pequena reflexão

sábado, junho 17, 2006

Mnemónica, ou "eu não sou a Mónica" (M n Mónica)

Não te podes esquecer destas coisas. Nunca.

  • Agradecer a Deus a vida, o sol ou a chuva em cada manhã.
  • Sorrir à primeira pessoa com quem falares, e à segunda, e à terceira, e por aí adiante.
  • Pensar sempre bem, antes de pensar mal. Confiar antes de desconfiar. Ouvir antes de te irritares. Topas?
  • Reparar todos os dias em algo bonito. Se chegares ao fim do dia e não te ocorrer nada de belo, sai de casa (ou então não) e vai à procura. Nunca te deites sem um sorriso.
  • Cuidar muito muito muito bem de ti...

(Isto é a gente - me and my-self - a falar. Isto sou eu a pensar que tenho que me esforçar, até que estas coisas me sejam naturais como respirar, e venham sem esforço.)

quarta-feira, junho 14, 2006

sábado, junho 10, 2006

:))) & :)))))) iLda

Volto para casa com um enorme cabaz de morangos, uma garrafa de vinho, uns prometedores pastéis de Belém.
Volto para casa com o coração cheio e em paz.
Foi um dia feliz.
As garotas, o mar, descansar na areia, "molhar os pés" até à camisola... :)
A boa comida, a boa conversa, o parque infantil.
O passeio de carro ao longo da ria. Numa cumplicidade imensa, num silêncio feliz, como se nos conhecêssemos desde sempre.
As horas passaram a correr.
Não sei dizer muito mais.
Três vivas à internet e aos blogs.
Qual virtual qual carapuça?! É que não há ninguém mais real do que nós! :)

terça-feira, junho 06, 2006

Cinco anos.

Cinco anos. Uma mão cheia de anos. Os dedos todos. E as nossas mãos cheias da tua ternura. A nossa vida como uma árvore carregada de risos e abraços. Meu menino lindo. Parabéns!

(Queria crescer sempre junto de ti, eu que já sou grande...)

sábado, junho 03, 2006

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...