domingo, outubro 18, 2020


Para sempre, o amor.
 Começo esta nova etapa do blogue com uma fotografia dos tempos em que elas só chegavam até nós em papel fotográfico.

Era no tempo em que ainda todos estávamos vivos. Há uma multidão de gente que consigo ver quando olho para esta fotografia; eles eram o nosso mundo. Ou ainda são. Muitos deles já do outro lado da vida, agora, mas ainda connosco, A esta distância, que me ajuda a coar as impurezas dos dias, parece-me ter sido um tempo feliz. Mas não foi. Era a época das grandes e dolorosas aprendizagens, quando o meu mundo estava em ebulição quase permanente. Tudo se revolvia, tudo se questionava, tudo me inquietava. Eu não sabia, mas era bonita na minha turbulência, a crescer.  

Sentada no peitoril da janela donde se avistava o mar a uns 100 metros, na companhia da minha prima irmã, soprando bolas de sabão... era quase fim de tarde e respirávamos.  Ou sorvíamos, se calhar é mais isso. Ainda sinto a brisa do mar que trouxe daquela tarde de Setembro. Em 1987, creio.

3 comentários:

Hélder Spínola disse...

Escreve-me um livro, Dulce, escreve-me um livro por favor, quero essa tua escrita para ler sem parar...

Mocas disse...

Mesmo que não escrevas um livro, escreve aqui. <3

Ana Rodrigues disse...

Que linda foto e que texto bonito Dulce.

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...