Numa noite que se adivinha longa, porque tenho que acordar muito cedo, e isso retira-me a tranquilidade para adormecer pacificamente, ponho-me a pensar na vida. Na minha, claro. Neste ser assim, sendo que não é mau ser assim, apenas incomum. Porque mo fizeram (re)pensar hoje, partilho-o aqui: Sou uma pessoa muito afectiva, talvez excessivamente, o que às vezes gera mal-entendidos e confusões. Acontece às vezes que me apetece abrir o meu coração a pessoas que mal conheço. E confiar nelas. E gostar delas. E faço-o. Simplesmente porque não aprendi a ter defesas e a esperar pelo tempo razoável da confiança e dos afectos. Para mim, as defesas vêm depois, se determinada pessoa me magoa ou desilude. A velha história: casa roubada, trancas à porta. A verdade é que, correndo algumas vezes o risco de ser incompreendida, (já) não me importo muito. De resto, esse risco corrêmo-lo todos, mesmo os prudentes... E, como dizia a minha prima, Chacun est comme chacal! |
* pequena reflexão
10 comentários:
Sê como és, não te preocupes com o que normalmente se acha que as pessoas devem ser. Não há problema nenhum em uma pessoa ser afectiva. E acho que não existe tal coisa como afecto em excesso. Quanto ao timing para abrir o coração, cada um tem o seu. Se o teu não concorda com o das outras pessoas, são as outras pessoas que estão mal. :-) Força!
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Dulce. Já não te falo há muito tempo. Os tempos têm sido, para mim, contrários ao acto de falar. Gostei muito de te conhecer e, se tivesse havido mais tempo, tinha-te desbobinado a minha vida toda, ali, sem omissões. Sou como tu. Ingénua na amizade (sans regrets!), ou ingenuamente amigável.By the way: fiquei limonada, forever.
Já agora: j´aime Jaime.
Entendo-te muito bem! Precisamos de aprender a nos resguardar, é verdade, mas é a tua essência e não mudes tá? ;)
Quando deixamos nosso coração falar não há que temer incompreensões ou rejeições,porque o Amor só tem uma forma,amar simplesmente.Mas a vida é isso mesmo,passear na corda bamba,correndo todos os riscos que implica.Quanto à confiança sou mais reservada,não gosto de revelar o meu interior a qualquer pessoa,muito menos neste meio virtual,daí nunca gostar de escrever sobre mim aqui....rsrs
Obrigado, Limonada. :-)
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Penso que não há qualquer mal em ser uma pessoa afectiva, pelo contrário. Eu penalizo-me por, muitas vezes, talvez por uma questão de timidez, de não conseguir sê-lo.
Bjs e bom resto de semana.
Não sei o que dizer. A vida é mesmo assim e, felizmente, que desse mal muitos sofrem. Por serem simplesmente humnos.
Sendo assim, não digo nada. Ou já disse?
Já disse, sim, deprofundis...
É bom saber que não sou a única a achar que se calhar me entrego demasiado logo à partida, sem medir os perigos que isso pode representar para mim própria. Bem-vinda ao clube!
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