O escaravelho nasceu, olhou-se no espelho dos olhos da sua mãe e perguntou:
- Quem sou eu, mamã?
- Quem és, na tua essência, descobrirás mais tarde. Por agora basta-te saber que és um escaravelho.
O escaravelho, que sabia por instinto as palavras todas e o seu significado, achou aquilo muito injusto. Acabara de nascer e já se chamava velho? Escara velho?
- Não, mãe, desculpa lá, eu vou ser um escaranovo. Aliás, só o corpo escarenvelhece. No fundo de mim vou ser sempre um escaranovo.
- Ok, fica combinado. Assim respondeu a mãe que, cheia de dores do pós-parto, se achava com pouca paciência para filosofias baratas. Baratas não, escaravelhas.
domingo, agosto 19, 2012
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2 comentários:
Que texto mais giro!!
Parabéns e um beijinho.
:) que giro! Curtinho e adorável, a melhor combinação. Amei!
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