sexta-feira, janeiro 10, 2014

Sobrevem um desânimo

...quando constato que, mais do que adulta, ainda acreditava em contos de fadas. Eu ia sendo a gata borralheira que se preparava para ser Cinderela numa festa sem fim, e depois havia de ficar perdida no bosque negro quando descobrisse que não era à festa que queriam conduzir-me. Eu preocupei-me muito com a saúde de alguém que não estava doente, eu amei alguém inventado, eu fui tão tão tão ingénua! As teias da net prestam-se a isso, quando um vigarista encontra uma alma de criança e alguma falta de auto-estima à mistura. Felizmente existem os amigos. E os amigos dos amigos que nos alertam. Os amigos que nos trazem pela mão de volta ao caminho plano onde há luz sem ser de fingir.
Mas sim, fiquei desanimada. Não tive como não ficar.  Só um bocadinho.

2 comentários:

deep disse...

Ficamos sempre, Dulce. A vantagem de termos passado os quarenta é que, mesmo preservando alguma ingenuidade, acabamos, por mais cedo o mais tarde, dar conta do logro e por perceber que é só uma questão de tempo para que as desilusões durem menos.
Bom fim de semana. :)

Dulce disse...

Isso mesmo, querida Deep. Beijinhos. Bom fim de semana para ti. Eu cá vou trabalhar! :)

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...