sábado, outubro 09, 2010

Eu tenho uma amiga.

Eu tenho bastantes, sou uma sortuda. Tenho amigas com quem sei que posso contar até ao fim dos meus dias e que contarão comigo para o que precisarem e para sempre. Tenho amigas que me conhecem do avesso e a quem não chocam os meus erros e as minhas fraquezas, que não me abandonam, que me fazem rir até quando estou triste. Sou muito feliz nisto.  Muita gente me diz que apenas os homens são fieis e dignos de confiança, que as mulheres são invejosas e maledicentes. Eu e as minhas amigas somos cúmplices, companheiras, repartimos dores e alegrias, encorajamo-nos mutuamente a melhorar e não conhecemos a inveja. Nunca consegui este tipo de relação com homem algum. Embora goste de muitos, embora tenho por muitos um imenso carinho. Um dia escrevo uma ode às mulheres. Às mulheres da minha vida, e às muitas que não conheço, à coragem do amor e da tolerância quase maternais com que (quase) só as mulheres compreendem o mundo.

Desviei-me do assunto. Mas apeteceu-me esta homenagem e este desabafo, que ando cansada de ouvir tantas coisas injustas.

Rebeginemos: eu tenho uma amiga que é uma lutadora, e que mantém um sorriso e um brilho no olhar como conheço poucos. E não é porque a vida lhe sorria sempre. Direi que é antes porque, mesmo por entre as lágrimas, ela sorri sempre para a vida. Conheço-a há pouco tempo, a minha amiga, mas parece-me que a conheço desde que me conheço a mim. E ela lançou-se agora num projecto que é bonito e desejamos feliz. Eu poderia falar-vos desse projecto, mas ela fá-lo melhor.

6 comentários:

Luz de Estrelas disse...

Acho que não sei agradecer estas palavras, Dulce. Mas agradeço na mesma, de coração.

★ A Rapariga disse...

E sem os amigos a nossa vida não faz sentido.

Bjinhos

Da França disse...

Também eu Dulce,eu trabalhei tantos anos na mesma empresa,nunca tive a mais pequena coisa com ninguém,quando saí custou-me tanto,era como uma família,sou estrangeira de origem,temos as duas nacionalidades mas não me vêem como estrangeira mas como amiga,mesmo as pessoas que vinham trabalhar por contratas enquanto estava alguém doente,viam em mim uma mamam,à força de estar na mesma empresa anos e anos,tinha muita experiência do trabalho e por vezes descobria maneiras de fazer mais rendimento com menos esforço,quando as via trabalhar,ia sempre dar um conselho da melhor maneira de trabalhar,elas gostavam muito de mim,agora que já estou reformada,encontro pessoas que eu não conheço e me dizem:Trabalhei consigo em tal secção,ensinou-me a fazer isto ou aquilo,não se lembra? Eram pessoas que iam por pouco tempo mas que eu protegia,que ensinava,e não me esqueceram,as antigas são ainda hoje como família,amanhã estou a espera de uma que trabalhou comigo,mas também lhe posso dizer que tenho um contacto fácil,faço amigas em todo o lado,eu nem quero andar a pé quando vou a Portugal,nunca mais chego ao destino,todos me conhecem,pára aqui,pára ali,não acredita?Onde fui criada todos me estimam e apesar de estar uma vida em França,tenho muitas amigas com quem falo muito ao telefone e tenho muito contacto,o meu marido é mais reservado,mas também é muito estimado tanto aqui como ai,tenho aqui uma velhinha que me chama ao telefone se precisa de alguma coisa,dei-lhe ordem que se precisasse me chamasse mesmo as 3 horas da manhã pois é uma pessoa abandonada da filha e que os vizinhos são a única família,enfim fazer bem sem olhar a quem diziam-me os meus pais. Um beijinho.

Helena Barreta disse...

Já por lá passei e acho o projecto extraordinário.

Anna^ disse...

Sem dúvida um projecto aliciante para quem o faz e tentador para quem dele toma conhecimento.

Da França disse...

Dulce eu sou um pouco distraída,só agora é que vi a ligação para o projecto,sim,parece a ser um bom projecto,desejo boa sorte. Beijinhos.

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...