domingo, abril 17, 2011
quinta-feira, abril 14, 2011
Também vos acontece?
Quando não estou nos meus dias, basta que me toquem nalgum ponto sensível para eu explodir de tristeza e raiva. Às vezes a coisa é tão extemporânea que fico com mais raiva e vergonha de mim. E cansada, fisicamente cansada, como sempre que estou triste ou estive agitada. Parece que o meu corpo me pede que me acalme e descanse. Já aprendi que não vale a pena massacrar-me com isso depois, porque o que está feito feito está, e nem sempre tenho oportunidade de pedir desculpa. Ontem fiz uma cena dessas, e foi a primeira coisa de que me lembrei hoje quando acordei. Depois pensei para comigo, "deixa lá", virei-me para o outro lado e adormeci de novo para sonhar com férias.
Para não dizer "paz à minha alma", que por força das circunstâncias em que habitualmente se diz, é um bocado mórbido, eu desejo paz para o meu espírito e o meu coração. E agora vou fazer o jantar para levar para o trabalho.
Para não dizer "paz à minha alma", que por força das circunstâncias em que habitualmente se diz, é um bocado mórbido, eu desejo paz para o meu espírito e o meu coração. E agora vou fazer o jantar para levar para o trabalho.
quarta-feira, abril 13, 2011
terça-feira, abril 12, 2011
Feijão com arroz
Fiz o meu almoço e instalei-me para almoçar: arroz de feijão com pedacinhos de bacon refogado e um ovo escalfado. É inevitável, lembro-me sempre desta música de Chico Buarque quando como isso.
Fiz ontem um voto de simplicidade e pureza: viver com pouco e não desperdiçar recursos. Porque tenho que guardar dinheiro para as férias de Setembro, e porque creio que me fará bem ao corpo e à alma ser disciplinada. E depois porque tenho que me penitenciar, porque é praticamente imoral empanturrar-me de coisas inúteis e comida de plástico, quando à minha volta há cada vez mais gente sem nada.
Fiz ontem um voto de simplicidade e pureza: viver com pouco e não desperdiçar recursos. Porque tenho que guardar dinheiro para as férias de Setembro, e porque creio que me fará bem ao corpo e à alma ser disciplinada. E depois porque tenho que me penitenciar, porque é praticamente imoral empanturrar-me de coisas inúteis e comida de plástico, quando à minha volta há cada vez mais gente sem nada.
segunda-feira, abril 11, 2011
Das fotografias do antigamente, das tralhas inúteis e da vida.
As casas onde escolho viver têm todas uma grande tendência para a desarrumação, que eu combato de tempos a tempos. Hoje foi tempo. É tempo. As tralhas que eu acumulo, meu Deus! Coisas de que me esqueço em recantos insuspeitos, em esconderijos com que a minha casa me surpreende. Coisas que sou obrigada a concluir que não me fazem falta nenhuma, porquanto me esqueço delas durante longos períodos.
Hoje encontrei coisas antigas cheia de pó - o pó tem um certo charme, porque confere aos objectos uma aura de passado remoto que nos convida à nostalgia, e a nostalgia é poética. E fotografias. Muitas fotografias dos tempos em que não havia máquinas digitais. E cartas de amigos, e outras de pessoas que já tenho que me esforçar para saber quem foram.
Às vezes imagino que no final da minha vida Deus me mostrará, qual Teresa Guilherme no Big Brother, as cenas da minha vida, e talvez até eu conclua que nem estive assim tão mal, que o encanto das histórias dos filmes é uma questão de banda sonora. As fotografias antigas remetem-me para esse show futuro dos meus delírios. E por isso de certa forma concluo que arrumar a casa tem a sua poesia.
Enquanto arrumava a casa, abri a porta para deixar entrar o sol. Passou o vizinho do lado que se meteu com as gatas e esteve um pouco a conversar comigo. Perguntei-lhe pela esposa, que está internada em Coimbra. Nos cuidados paliativos, disse ele.
E fico a pensar na p***a da vida, no sofrimento e no fim, e sobre isto calo-me, porque não me ocorre nada de inteligente.
Hoje encontrei coisas antigas cheia de pó - o pó tem um certo charme, porque confere aos objectos uma aura de passado remoto que nos convida à nostalgia, e a nostalgia é poética. E fotografias. Muitas fotografias dos tempos em que não havia máquinas digitais. E cartas de amigos, e outras de pessoas que já tenho que me esforçar para saber quem foram.
Às vezes imagino que no final da minha vida Deus me mostrará, qual Teresa Guilherme no Big Brother, as cenas da minha vida, e talvez até eu conclua que nem estive assim tão mal, que o encanto das histórias dos filmes é uma questão de banda sonora. As fotografias antigas remetem-me para esse show futuro dos meus delírios. E por isso de certa forma concluo que arrumar a casa tem a sua poesia.
Enquanto arrumava a casa, abri a porta para deixar entrar o sol. Passou o vizinho do lado que se meteu com as gatas e esteve um pouco a conversar comigo. Perguntei-lhe pela esposa, que está internada em Coimbra. Nos cuidados paliativos, disse ele.
E fico a pensar na p***a da vida, no sofrimento e no fim, e sobre isto calo-me, porque não me ocorre nada de inteligente.
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