Na aldeia havia hoje muitos emigrantes, de férias au Portugal. Como gosto deles, gostei de os rever. Um ano, às vezes mais, às vezes muito mais, e o afecto, a camaradagem continuam.
Os sobrinhos Diogo e Vasco ofereceram-me uma pulseira, vinda de Espanha para mim, por iniciativa deles. (Comove-me ter sobrinhos (pré-)adolescentes que são já tão independentes e continuam a gostar de mim como quando eram meninos pequenos...)
Depois levei um livro de histórias aos sobrinhos mais novos, e estive a ler-lhas e a ver com eles as ilustrações, sentada ao sol do fim de tarde, com os campos verdes por companhia. (Comove-me ter sobrinhos pequenos que me incluem nas suas brincadeiras e me recebem sempre com um abraço...)
Venho cheia de mimo recebido, hoje. E continuo a ansiar pelas férias... of course, my horse - ensinou-me há muitos anos, mais de trinta, a minha professora de inglês. Bem sei, bem sei que havia outras coisas que devia ter aprendido assim com tanto afinco, não somente os disparates tontos, mas Tontice é o meu nome do meio.
Também levei a minha mãe a visitar uma amiga num lar de terceira idade - um dos lares que eu conheço em que se vêem de facto os velhotes cuidados e acarinhados... nada daqueles depósitos de velhos onde há só cabeças baixas e cheiro a urina.
Quando a minha mãe disse, a propósito da velhice, que sentia às vezes o corpo a arquear "e assim como se quisesse inclinar-se para a frente", só me ocorreu aquele poemazinho que aprendi na escola primária:
A torre de Pisa,
em Itália,
como qualquer torre,
não fala.
Mas inclina-se para a frente e cumprimenta a gente.
Não é como a torre de Belém que não cumprimenta ninguém.
Depois dizem-me que sou uma criança traquina num corpo adulto. Tem dias...
quarta-feira, agosto 03, 2011
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4 comentários:
eheheh, o teu post cheirinho a descanso :) amei o poema! com que então a torre de Belém é malcriadona!? um abraço
Por vezes saio daqui envolta em bocados de carinho...carinho teu...carinho das tuas palavras.
ès um doce Dulce Maria :)
beijinho
Dulce,
Como sabe bem o reencontro coma família! É aproveitar o melhor pois passa depressa.
Adorei os versos da torre de Pisa, hehehe!
Beijo
É mesmo uma malcriadona, a torre de Belém, Clarinha.
Anna^, eu acho o mesmo de ti! :) Ou, como dizem os putos, "quem o diz quem o é" ;)
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