Ausência
bárbara,
cutânea,
doentia!
Esquecimento,
fuga,
gostosa
hipocrisia...
Inocência,
júbilo,
leda
meninice.
Nunca
ouses
partilhar
quiromancia.
Resiste
sempre!
Todos
unidos
venceremos
xempre,
Zorro!
(he he he he!!!
Não se cansem a procurar sentido nestas palavras. Não se cansem.)
terça-feira, fevereiro 28, 2006
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
O Palhaço Ritinha

Tem três anos este palhaço. Entrou hoje na loja onde trabalho (Aliás, ontem, que à hora a que escrevo este post já mudámos de dia). Tinha uns lindos cabelos azuis, bochechas e nariz vermelhos, e os olhos lindos, escuros, brilhando no meio da pintura branca que os fazia sobressair.
A Rita tinha um fato muito bonito, azul como o mar profundo, e salpicado de corações de muitas cores.
Mas tinha sobretudo um sorriso belíssimo, que aqueceu e encheu de luz a tarde de Domingo.
Obrigada, Ritinha!
domingo, fevereiro 26, 2006
As máscaras do meu carnaval
Há muitos muitos muitos anos (quase uma centena)* que não me mascaro no Carnaval. Hoje decidi mascarar-me. Fiz uma máscara de limpeza (aplica-se sobre o rosto limpo e seco em camada generosa, deixa-se actuar cinco a dez minutos e retira-se com abundante água tépida). Não satisfeita com o disfarce, fiz a seguir uma máscara de firmeza.
Pronto, estas foram as minhas máscaras e foram boas.
*"uma centena de anos" era só para baralhar. Esqueci-me contudo que tenho a minha idade escarrapachada no meu perfil...
Pronto, estas foram as minhas máscaras e foram boas.
*"uma centena de anos" era só para baralhar. Esqueci-me contudo que tenho a minha idade escarrapachada no meu perfil...
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
A papificadora
Comprei um aparelhómetro que dava pelo nome de liquidificadora. Era assim que dizia na caixa. Pois, é suposto que uma liquidificadora transforma coisas (alimentos, supõe-se) sólidas em líquidas. Hoje experimentei com uma maçã. Não ficou líquida, ficou papa. Rebaptizei o aparelhómetro. Mas como não gosto de papas decidi reutilizá-las. Estou a cozinhar um arroz de legumes com maçã refogada. Querem a receita? Depois das provas, direi se vale a pena...
??
Tinha 31 anos. Era uma rapariga alegre, tanto quanto me lembro. Só estive com ela duas vezes. Hoje soube que morreu. Uma embolia cerebral.
Conquanto a morte já não tenha verdadeiramente a capacidade de me surpreender, restam alguns pequeninos pontos de interrogação, e até - reconheço - alguns pensamentos de pura maldade. Como por exemplo: "Ó Morte, caramba, sempre podias ser mais selectiva! Tanta gente por aí que podias fazer o favor de levar... Mas não: escolhes aqueles de quem se diz que têm a vida pela frente, aqueles que não matam, não violam, não agridem... Aqueles que nos acarinhavam, aqueles que amamos! Parece realmente, ó Morte, que andas a gozar connosco!"
E acode-me à memória a promessa e a esperança de um dia novo.
Saudades de um irmão que partiu tão cedo.
E obrigada, muito obrigada, meu maravilhoso Pai celeste, porque a morte apenas parece vencer!
Sim, acredito nisso!
Conquanto a morte já não tenha verdadeiramente a capacidade de me surpreender, restam alguns pequeninos pontos de interrogação, e até - reconheço - alguns pensamentos de pura maldade. Como por exemplo: "Ó Morte, caramba, sempre podias ser mais selectiva! Tanta gente por aí que podias fazer o favor de levar... Mas não: escolhes aqueles de quem se diz que têm a vida pela frente, aqueles que não matam, não violam, não agridem... Aqueles que nos acarinhavam, aqueles que amamos! Parece realmente, ó Morte, que andas a gozar connosco!"
E acode-me à memória a promessa e a esperança de um dia novo.
Saudades de um irmão que partiu tão cedo.
E obrigada, muito obrigada, meu maravilhoso Pai celeste, porque a morte apenas parece vencer!
Sim, acredito nisso!
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Legado de 2005
Uma garrafinha de vinho verde, de 375 ml, que era para a passagem de ano e foi para hoje. Eu comigo, e um brinde à vida!!
(É claro que agora estamos as duas, eu e a vida, um pouco grogues. Mas vamos dormir, e isto passa...)
(É claro que agora estamos as duas, eu e a vida, um pouco grogues. Mas vamos dormir, e isto passa...)
terça-feira, fevereiro 21, 2006
De papo para o ar

Adoro não fazer nenhum!
Estar deitada de papo para o ar a desfrutar a vida, tirar-lhe os frutos... saboreá-los.
Não precisar de estar cansada para descansar.
ADORO!
Obrigada, querida amiga Maria, pelos cds que me ofereceste e que me proporcionaram doces momentos
de delicioso ócio!
Ronhó-nó

É preciso uma paciência com esta minha gata! Pero me encanta!!, diria o espanhol... Enfim, não sei se diria. Digo eu, que convivo todos os dias com gente que fala castelhano, e mentras oiço sempre vou aprendendo alguma coisa... ainda que seja alguma coisa errada. :)
Ela, A Julie Ronhó-nó, salta-me para o ombro mal eu entro em casa... e eu adoro a recepção!
Deixa-se ficar quietinha aconchegada a mim mal eu acordo, e ficamos assim a contemplar-nos uma à outra. Como eu gosto desses momentos!
Há uns meses não suporia que fosse capaz de viver com uma gata, e agora nem faço ideia de como viveria sem ESTA gata!
Mas é tão chatinha, valha-me Deus!
Então quando eu quero sair e estou com pressa, e ela insiste em saltar para o meu ombro, vezes a fio! Quando posso tapo-lhe os olhos com uma mão, enquanto abro a porta com a outra (quando o meu braço a alcança). Acho que só isto a dissuade do salto.
Embora não goste nada da rua (fica assustada), adora escapulir-se para as escadas e ficar à espera que eu a vá buscar. Depois é o jogo da apanhada, prédio abaixo, prédio acima, até que se cansa e fica estiraçada e feliz, no chão, à espera que eu a agarre ao colo.
(Só acho que como ela passa o tempo todo em casa, e eu vou trabalhar para ganhar o pão meu e a ração dela para cada dia, a bichinha devia colaborar nas tarefas caseiras, que eu, por sinal, odeio. Pois não acham? Até comprei um aspirador novo, e expliquei-lhe como funcionava... mas qual quê?!)
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Flores e um beijo...

...e um imenso carinho para os meus amores pequenos, um mais pequeno do que outro. Por estes dias faz o Tomás um ano, e o Diogo sete. É verdade, Tomás, parece que foi há tão pouco tempo que ouvi no telemóvel a mensagem do teu pai que dizia que tinhas nascido e estavas bem. Espero que tenhas gostado deste teu primeiro ano de vida, cheio de descobertas e de amor. Tenho a certeza que gostaste!
Parabéns, meus meninos
doces,
lindos,
maravilhosos .........
e o mais que não me ocorre!
sábado, fevereiro 18, 2006
A árvore mágica
Cantorias e bailadanças
Quinta feira à noite. Os sobrinhos Diogo e Vasco levaram-me para o quarto deles para me mostrarem a aparelhagem nova, presente dos pais.
O Diogo é fã de Carlos Paião, o que me alegra muitíssimo. Algumas das letras mais simples sabe-as de cor. E canta muito melhor do que eu, o que, sabe quem me conhece, não é difícil... :-) Eu, é mais espalhafato. Mas nisso colaboramos os três: Tia Dulce, Diogo e Vasco abraçados aos peluches maiores que havia lá no quarto, a cantar "em play-back", entre alguns empurrões e algumas quedas propositadas. O baile foi animado.
No fim, tudo mais calmo e cansado, chegaram o pai e a mãe dos meninos. Era hora de recolher: O Carlos Paião a cantar baixinho, o Diogo a cantar baixinho, o Vasco sentado na outra cama a "ler" (Mais entusiasta de livros e desenhos este sobrinho "médio" de lindos olhos azuis...) Era chegada a hora de os deixar para que repousassem.
Mas antes, como lhes ensinei: beijinhos aos molhinhos, abraços aos magotes, palhaços aos pinotes!
- Ó tia, o que são magotes?
(Hoje lembrei-me de oferecer música ao Diogo no aniversário dele. O que é que recomendam para um menino de sete anos que gosta de Carlos Paião?)
O Diogo é fã de Carlos Paião, o que me alegra muitíssimo. Algumas das letras mais simples sabe-as de cor. E canta muito melhor do que eu, o que, sabe quem me conhece, não é difícil... :-) Eu, é mais espalhafato. Mas nisso colaboramos os três: Tia Dulce, Diogo e Vasco abraçados aos peluches maiores que havia lá no quarto, a cantar "em play-back", entre alguns empurrões e algumas quedas propositadas. O baile foi animado.
No fim, tudo mais calmo e cansado, chegaram o pai e a mãe dos meninos. Era hora de recolher: O Carlos Paião a cantar baixinho, o Diogo a cantar baixinho, o Vasco sentado na outra cama a "ler" (Mais entusiasta de livros e desenhos este sobrinho "médio" de lindos olhos azuis...) Era chegada a hora de os deixar para que repousassem.
Mas antes, como lhes ensinei: beijinhos aos molhinhos, abraços aos magotes, palhaços aos pinotes!
- Ó tia, o que são magotes?
(Hoje lembrei-me de oferecer música ao Diogo no aniversário dele. O que é que recomendam para um menino de sete anos que gosta de Carlos Paião?)
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Volto já
sábado, fevereiro 11, 2006
Diga boa noite
- Diga. Boa noite... - isto era o que eu queria ter dito à cliente, no balcão, à minha frente. Com a precipitação saiu-me mesmo "Diga boa noite"... E ela, a modos que intimidada com aquela ordem:
- Boa noite...
- Não, desculpe. Eu não disse para a senhora dizer boa noite. Eu disse "diga, boa noite!"
- Bom, mas eu tenho que dizer boa noite...
E depois, olhámos uma para a outra e desatámos a rir. Nós, e as minhas colegas.
...Mas lá parei de rir, e atendi a senhora.
- Boa noite...
- Não, desculpe. Eu não disse para a senhora dizer boa noite. Eu disse "diga, boa noite!"
- Bom, mas eu tenho que dizer boa noite...
E depois, olhámos uma para a outra e desatámos a rir. Nós, e as minhas colegas.
...Mas lá parei de rir, e atendi a senhora.
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
A doméstica alegoria da caverna

Sentei-me na minha cama a comer umas bolachas. A minha sombra e a sombra do pacote das bolachas projectavam-se na parede. Vi a gata intrigada e interessada naquele baloiçante pacote de bolachas feito de sombras. Brinquei com ela, armada em deus caseirinho, baloiçando bolachas fictícias! Coitada da gata! Os saltos que ela deu buscando agarrar o impalpável! Até que descobriu o truque e me destruiu a brincadeira. Tenho uma gata iluminada, agora!
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Verde
Verde...
Quando eu era menina o verde era a minha cor preferida.
Campos de relva a perder de vista. Correr, correr e correr sem nunca me sentir cansada. Esse era o meu sonho de liberdade.
Ainda hoje escrevo a verde quando estou muito feliz, ou quando quero escrever sobre coisas muito boas.
Por isso adoro os campos de golfe. Não pelo golfe, mas porque são lindos!
Quando eu era menina o verde era a minha cor preferida.
Campos de relva a perder de vista. Correr, correr e correr sem nunca me sentir cansada. Esse era o meu sonho de liberdade.
Ainda hoje escrevo a verde quando estou muito feliz, ou quando quero escrever sobre coisas muito boas.
Por isso adoro os campos de golfe. Não pelo golfe, mas porque são lindos!
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Ora esta!!!
Ouvi agora no telejornal: Fátima Felgueiras vai a Fátima agradecer a Nossa Senhora a vitória nas eleições.
??
Fico baralhada, tão baralhada!...
Quando é que acordamos todos e acabamos de vez com as palhaçadas?!!!
Quando é que exigimos aos políticos que nos respeitem?
??
Fico baralhada, tão baralhada!...
Quando é que acordamos todos e acabamos de vez com as palhaçadas?!!!
Quando é que exigimos aos políticos que nos respeitem?
domingo, fevereiro 05, 2006
Já dizia o António Aleixo...
Deixam-me sempre confuso
As tuas palavras boas,
Por não te ver fazer uso
Dessa moral que apregoas.
...E eu fico surpreendida, porque afinal basicamente o mundo não muda.
E surpreendida por me surpreender.
As tuas palavras boas,
Por não te ver fazer uso
Dessa moral que apregoas.
...E eu fico surpreendida, porque afinal basicamente o mundo não muda.
E surpreendida por me surpreender.
sábado, fevereiro 04, 2006
Uma conversazinha estúpida, para terminar o dia
- Dás-me o endereço de msn do teu irmão?
- Ah! Ele não usa essas coisas. Acha que é uma perda de tempo. Será que tem razão?
- Provavelmente sim. Mas o tempo fez-se pra se perder. Se formos perdendo muito tempo pela vida fora, já a morte tem pouco para nos roubar...
- Ah! Ele não usa essas coisas. Acha que é uma perda de tempo. Será que tem razão?
- Provavelmente sim. Mas o tempo fez-se pra se perder. Se formos perdendo muito tempo pela vida fora, já a morte tem pouco para nos roubar...
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Uma delícia de sobrinho!!
Chama-se Diogo. Tem quase 7 anos. É o meu "sobrinho primogénito" (não costuma dizer-se isto dos sobrinhos, pois não?) De cada vez que o vejo acho-o maior, mais independente, mais fantástico. Acho que ele é um miúdo genial, mas talvez sejam os meus olhos de tia, sei lá...
Ontem conversava com a mãe dele sobre o ensino e as dificuldades que se colocam a professores e alunos. Sentado ao lado, ele lanchava os seus Suissinhos. E eu disse-lhe:
- Diogo, tu vais estudar muito, pra seres cientista como tu queres. E depois vais para a NASA...
- Que é isso?
- Um lugar onde trabalham muitos cientistas... (que definição rafeira...) E depois, quando eu for velhinha, aponto para a televisão com a minha bengala e digo às minhas amigas "Aquele senhor ali é o meu sobrinho!"
E ele, de olhinhos arregalados e brilhantes:
- Se tu souberes como é que eu vou ser...
(Referia-se às feições. O meu sobrinho tem esta fixação, que um dia vamos deixar de o conhecer...)
E hoje no ATL - tia melga sem vontade de vir embora e a pedir mais abraços e beijinhos.
- Não quero. Já dei. Levas uma bofetada que vais parar a Aveiro! :) (E ria-se)
- A sério?, fixe! Poupava gasolina.
- Mas gastavas no hospital.
:)
Ontem conversava com a mãe dele sobre o ensino e as dificuldades que se colocam a professores e alunos. Sentado ao lado, ele lanchava os seus Suissinhos. E eu disse-lhe:
- Diogo, tu vais estudar muito, pra seres cientista como tu queres. E depois vais para a NASA...
- Que é isso?
- Um lugar onde trabalham muitos cientistas... (que definição rafeira...) E depois, quando eu for velhinha, aponto para a televisão com a minha bengala e digo às minhas amigas "Aquele senhor ali é o meu sobrinho!"
E ele, de olhinhos arregalados e brilhantes:
- Se tu souberes como é que eu vou ser...
(Referia-se às feições. O meu sobrinho tem esta fixação, que um dia vamos deixar de o conhecer...)
E hoje no ATL - tia melga sem vontade de vir embora e a pedir mais abraços e beijinhos.
- Não quero. Já dei. Levas uma bofetada que vais parar a Aveiro! :) (E ria-se)
- A sério?, fixe! Poupava gasolina.
- Mas gastavas no hospital.
:)
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Hoje fui feliz e chorei.

Hoje tive um almoço com amigos, uma tarde de conversa com o mar ao fundo, os miminhos da minha gata tonta...
De manhã falei no msn com uma amiga madeirense, e tinha tantas tantas saudades dela! (Foi tão bom, I., voltar a ver o teu sorriso, ainda que só em foto!)
Ao final da tarde, longa conversa ao telefone com outra amiga!
Hoje sinto-me feliz, e já chorei.
Nem sempre se chora de tristeza... Às vezes só a lembrança de alguns momentos e a empatia com os outros bastam para nos emocionar.
Sim, podemos ser felizes com lágrimas, como já muito bem o escreveu João de Melo.
(Pode verificar-se na foto, mas se forem gentis não repararão nisso: na minha "cadeira de cabeceira" os papéis e cremes e outras coisas mostram a face da sua caótica dona...)
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...de querer que me digam, claramente dito, que faço falta, que sou importante. De ter 14 anos e fazer amanhã 41. Era do que falaria, se não...