sexta-feira, fevereiro 24, 2006

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Tinha 31 anos. Era uma rapariga alegre, tanto quanto me lembro. Só estive com ela duas vezes. Hoje soube que morreu. Uma embolia cerebral.
Conquanto a morte já não tenha verdadeiramente a capacidade de me surpreender, restam alguns pequeninos pontos de interrogação, e até - reconheço - alguns pensamentos de pura maldade. Como por exemplo: "Ó Morte, caramba, sempre podias ser mais selectiva! Tanta gente por aí que podias fazer o favor de levar... Mas não: escolhes aqueles de quem se diz que têm a vida pela frente, aqueles que não matam, não violam, não agridem... Aqueles que nos acarinhavam, aqueles que amamos! Parece realmente, ó Morte, que andas a gozar connosco!"
E acode-me à memória a promessa e a esperança de um dia novo.
Saudades de um irmão que partiu tão cedo.
E obrigada, muito obrigada, meu maravilhoso Pai celeste, porque a morte apenas parece vencer!
Sim, acredito nisso!

1 comentário:

Vilma disse...

Eu também! :)

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...