quinta-feira, outubro 25, 2012

:(

Hoje uma amiga encheu-me de tristeza.
Anda tomar um café, disse-lhe eu. E fomos. Que olhar tão triste, V.! E contou-me que ia provavelmente ter que declarar falência do seu negócio, que o marido, que até ganhava bem, deixara de receber. "Medo de perder o que é meu", disse-me ela. E que, no meio das contas que se avolumam, até conseguir tirar dinheiro para sustentar a família de 5 elementos ia ficando complicado. E eu fiquei a olhar para ela. Queria tanto poder ter-lhe dito: "Não te preocupes, eu ajudo-te." A verdade é que não tenho nada (ou muito pouco) para dar.
Disse-lhe apenas: "É uma fase. Vais ultrapassar isso." (E vai, porque o marido vai começar a trabalhar para outra firma, e tendo ele ordenado, as coisas melhorarão significativamente.)
Este é apenas um caso. Um dos milhares. Dói-me mais este, porque ela é minha amiga. E quando penso nas frotas de carros do governo, e do PS, e do raio que os parta, nas reformas milionárias que se acumulam com ordenados, e nas muitas outras desonestidades de que nada percebo, sei que vivo num país governado por assassinos, e não sei que ganas me dão.

Sem comentários:

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...