sábado, março 04, 2006

Tarde de peripécias


Garota de 11 anos entra no comboio para ajudar a avó a acomodar-se. A avó ia de viagem, mas a garota não. A mãe da menina fica a ver a filha partir, na estação, impotente e aflita. Telefonemas, conversas, telefonemas.
Na bilheteira:
- A minha filha foi no comboio para Lisboa. Não tem bilhete e não é para ir para Lisboa.
Risos e choros dos dois lados da história.
Canceladas as viagens (a que devia ser e a que nunca devia ter sido) lá fomos buscar avó e neta à estação mais próxima. Bem distante, por sinal. Pelo caminho pedem-se indicações complementares sobre o percurso. Chovia que Deus a dava. Eu, de co-pilota, pedi as indicações. O senhor que no-las forneceu estava abrigado da chuva, e por nossa causa deixou de estar. Quis ser gentil e saiu-me esta pérola:
- Obrigada. E DESCULPE TÊ-LO VINDO FAZER PARA A CHUVA.
What?
"Tê-lo feito vir para a chuva", queria eu dizer...
Bom, mas lá fomos ao encontro das "ovelhinhas tresmalhadas", e tudo acabou em bem.
:) Deo gratias!

4 comentários:

Ana disse...

bolas!

Vilma disse...

Grandes aventuras! :))

I N T E I R O S disse...

Mas a clareza do plano superficial, experimentara que o indulto reunido no satisfeito contacto

João disse...

Olá! E obrigado desde já pela visita ao meu blog. Só li até aqui, mas já me estou a divertir.

Agora atenção, porque a frase foi correctíssima:
'Obrigado! E desculpe tê-lo (ao discurso de explicação) vindo (para aqui, para a chuva) fazer para a chuva.'

Correcto, portanto. Embora - confesso - pareça um pouco estranho!

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...