sexta-feira, abril 16, 2010

Da tristeza, da força e da alegria

Ontem alguém que me conhece bem disse-me que não escrevesse no blogue coisas negativas da minha vida. "Porque a tua vida não é isso!" e "Não te sentes ainda pior por escreveres essas coisas?"

De facto a minha vida não é a tristeza e o desânimo em que por vezes me afundo. Ás vezes é uma alegria sem porquê, e mesmo nos momentos de trevas sei que uma luz imensa me guia, e que uma força subterrânea há-de fazer-me emergir.

Mas não, não me sinto pior quando escrevo o que sinto. Há sempre algum feed-back que me ajuda, porque sim, sou mimenta, e é nestas alturas de dor que o mimo me faz mais falta. Não espero que o mundo me compreenda e se solidarize comigo, mas espero-o dos meus amigos. E este blogue, conquanto aberto ao público, é para aqueles que me querem bem, conheçam ou não o meu rosto.
E depois acho que a tristeza é tão comum, e tanta gente por aí se sente tão só!... E a obrigação de ser sempre alegre e amordaçar o nosso lado lunar só nos acorrenta.

Sou como sou. Esforço-me, resisto, cresço e mudo. Não tenho porque ter vergonha de mim.

4 comentários:

Luz de Estrelas disse...

Tão plenamente de acordo que até faz impressão.

Anna^ disse...

:)

beijinho

mãe disse...

Já eu... ainda continuo a sentir-me na obrigação de mostrar sempre boa cara, forço sorrisos e piadas, endireito as costas e finjo que está sempre tudo bem. É uma canseira e não leva a nada. No blogue, também. Talvez espere que um dia me esqueça dos dias negros e fiquem só os cor de rosa, não sei. Mas acho que me faria bem conseguir escrever mais sobre as cores mais escuras. Enfim. Fazes bem.

Vida de Praia disse...

Se não fosses como és, quem é que seria suposto seres, né? ;-)

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...