
domingo, junho 27, 2010
Gosto de pessoas
Gosto de pessoas e não me importa que sejam pretas, brancas, malhadas; que tenham pouca ou muita cultura; que usem rastas e andrajos ou se vistam bem... Gosto de pessoas desde que sorriam.
domingo, junho 20, 2010
Who am I?
Sempre me habituei a que as pessoas me vissem como uma pessoa muito doce, suave...
Triste também.
Penso que por causa dessa tristeza e da dor que me traz, fui mudando ao longo dos anos. Mudei muito.
Nos últimos anos tenho descoberto cá dentro uma raiva profunda, que sai em catadupa nos momentos menos oportunos. Não tenho controlo sobre mim nessas alturas. Uma coisa vulgar e sem importância pode desencadear uma tempestade emocional violentíssima, agressiva para mim e para os outros. Depois, quando me acalmo (e apenas sozinha me acalmo), penso que nada daquilo faz sentido, que a minha violência é absolutamente desproporcional aos motivos por que surge. E arrependo-me. Se me arrependo! Choro. Fico cansada, fisicamente cansada, como se me tivessem batido.
Ontem passou por mim uma ventania assim. Ou fui, eu própria, uma ventania assim. Hoje, de novo, um momento apenas antes de cair em mim e me crucificar por ser tão impulsiva e impaciente.
E então, lembrei-me de um tempo muito lá atrás, quando eu era menina, em que reagia como agora. Mas pior: quando me passava dos carretos, fazia coisas que não lembravam ao diabo. Atirar com o que quer que fosse à cara de quem me chateava; uma espiga de milho, uma sardinha assada, ou um alguidar de água. Uma vez empurrei uma amiga dum muro abaixo: tive sorte porque ela não se magoou. Passada a explosão, chorava de arrependimento, sempre.
Agora, quarentona, respeito a integridade física dos outros, mas sou à mesma tão violenta!
Gostava de me perceber, porque se me percebesse talvez me pudesse libertar disto.
Tenho que gostar de mim com tudo o que sou, mas tenho muita vergonha destas cenas que faço. Muita.
Triste também.
Penso que por causa dessa tristeza e da dor que me traz, fui mudando ao longo dos anos. Mudei muito.
Nos últimos anos tenho descoberto cá dentro uma raiva profunda, que sai em catadupa nos momentos menos oportunos. Não tenho controlo sobre mim nessas alturas. Uma coisa vulgar e sem importância pode desencadear uma tempestade emocional violentíssima, agressiva para mim e para os outros. Depois, quando me acalmo (e apenas sozinha me acalmo), penso que nada daquilo faz sentido, que a minha violência é absolutamente desproporcional aos motivos por que surge. E arrependo-me. Se me arrependo! Choro. Fico cansada, fisicamente cansada, como se me tivessem batido.
Ontem passou por mim uma ventania assim. Ou fui, eu própria, uma ventania assim. Hoje, de novo, um momento apenas antes de cair em mim e me crucificar por ser tão impulsiva e impaciente.
E então, lembrei-me de um tempo muito lá atrás, quando eu era menina, em que reagia como agora. Mas pior: quando me passava dos carretos, fazia coisas que não lembravam ao diabo. Atirar com o que quer que fosse à cara de quem me chateava; uma espiga de milho, uma sardinha assada, ou um alguidar de água. Uma vez empurrei uma amiga dum muro abaixo: tive sorte porque ela não se magoou. Passada a explosão, chorava de arrependimento, sempre.
Agora, quarentona, respeito a integridade física dos outros, mas sou à mesma tão violenta!
Gostava de me perceber, porque se me percebesse talvez me pudesse libertar disto.
Tenho que gostar de mim com tudo o que sou, mas tenho muita vergonha destas cenas que faço. Muita.
quinta-feira, junho 17, 2010
Quero sempre alguma coisa nova.
Agora quero muito encontrar uma casinha barata com quintal. Apetece-me um quintal. Apetecem-me flores, alfaces, morangos, apetece-me mexer na terra, apetece-me um quintal. Um murinho e uma cancela antes de chegar verdadeiramente a casa. Um caminho para fazer com pedrinhas e um tapete à entrada que diga qualquer coisa foleira como "bem-vindo".
terça-feira, junho 15, 2010
A ver se.
De cada vez que deixo caír moedas e me dizem que o dinheiro não nasce, fico tentada a testar a veracidade de tal informação. A verdade é que tenho perguntado a essas pessoas se já tentaram de facto, se já o semearam em boa terra de cultivo, adubando, regando, etc. Ninguém tentou.
O investimento não pode ser grande, mas um dia destes semeio uma moeda de cinco cêntimos num vaso ali à entrada da casa. Se se verificar que nasce, fico rica.
O investimento não pode ser grande, mas um dia destes semeio uma moeda de cinco cêntimos num vaso ali à entrada da casa. Se se verificar que nasce, fico rica.
Uma informação útil (digo eu)
Leite de magnésia vende-se nas farmácia e é muito bom como anti-ácido. É leite de magnésia, não de magnésio, porque o magnésio não dá leite.
sábado, junho 12, 2010
Na minha óptica,
preciso de uns óculos progressivos. Mesmo. Mesmo, mesmo. Doem-me os olhos. A cabeça.
(Eu não tenho uma óptica. Mas queria ter.)
(Eu não tenho uma óptica. Mas queria ter.)
sexta-feira, junho 11, 2010
Nada a fazer, o tempo baralha-me
Há dias escrevi um recado na agenda lá da loja que dizia que o produto X deveria ser guardado até ao dia 14 de Fevereiro. Escrevi e li. E leram. E riram. E contaram-me. E eu muito séria até perceber que Fevereiro não estava certo, que era Junho.
lol
ou
vergonha
lol
ou
vergonha
quinta-feira, junho 10, 2010
quarta-feira, junho 09, 2010
Anti-Lopes
Horas antes tínhamos estado a falar neles, os Anti-lopes, vulgo antílopes. Perguntei o que tinham eles contra nós, que Lopes sou. A conversa fluíu para outros temas.
Mas depois, à tardinha, quando me deitei ao lado do meu sobrinho pequenino, e tentei conservar um pedacinho de cama para mim, sem incomodar a criança - meu lindo menino! - adormeci e sonhei com eles. Que tinha que me despachar a dormir, senão vinham os Anti-lopes e empurravam-me da cama abaixo. Mau feitio, o dos gajos!
Mas depois, à tardinha, quando me deitei ao lado do meu sobrinho pequenino, e tentei conservar um pedacinho de cama para mim, sem incomodar a criança - meu lindo menino! - adormeci e sonhei com eles. Que tinha que me despachar a dormir, senão vinham os Anti-lopes e empurravam-me da cama abaixo. Mau feitio, o dos gajos!
segunda-feira, junho 07, 2010
Coisas que marcam
Doze anos depois de ter deixado o ensino, ainda me arrepia a visão de escolas secundárias.
Estou em crer que, havendo inferno, e caso eu lá vá parar, ainda me hão-de obrigar a dar aulas a putos indisciplinados.
Estou em crer que, havendo inferno, e caso eu lá vá parar, ainda me hão-de obrigar a dar aulas a putos indisciplinados.
terça-feira, junho 01, 2010
De olhos fitos nas férias
que são só daqui a quase quatro meses... Sinto uma ânsia enorme de liberdade e descontracção, com a qual a necessidade de ganhar uns trocos não se compadece...
Ontem os meus sobrinhos mais novos vieram visitar-me, com a mãe deles. Fomos à praia talvez só por meia hora. A praia estava quase vazia e não estava muito calor nem muito frio. Rebolámos na areia, fizemos contruções, fechei os olhos e ouvi o mar... foi tão calmante, tão libertador! A caminho do trabalho, a poucos kms daquele completo bem estar, parecia-me ter regressado de uma realidade paralela, ou de um país bem longínquo.
Ontem os meus sobrinhos mais novos vieram visitar-me, com a mãe deles. Fomos à praia talvez só por meia hora. A praia estava quase vazia e não estava muito calor nem muito frio. Rebolámos na areia, fizemos contruções, fechei os olhos e ouvi o mar... foi tão calmante, tão libertador! A caminho do trabalho, a poucos kms daquele completo bem estar, parecia-me ter regressado de uma realidade paralela, ou de um país bem longínquo.
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