Me confesso de ser charco
e luar de charco à mistura
de ser a corda do arco
que atira setas acima e abaixo da minha altura.
Miguel Torga
Depois do acidente, e de ver como escapei ilesa, e de ter tomado consciência do que poderia ter-me acontecido, agradeci a Deus. Prometi-Lhe e prometi-me não me chatear mais com merdinhas sem importância. Mas continuo a amarrar o burro e a precisar de tempo para digerir coisas que podiam /deviam passar-me ao lado.
É como costumo dizer: eu não engulo sapos. Mastigo-os bem.
Sou dum barro muito muito frágil.
Sou dum barro muito muito frágil.
1 comentário:
Vim parar aqui por um mero acaso, mas vou voltar. Já li algumas páginas e gostei. Da escrita, da forma como me sinto ao lê-la e também por me identificar com algumas coisas. :)
Sempre levei a minha vida de forma relaxada, sempre gostei de relativizar as coisas, nunca fui de me chatear nem chatear ninguém. Mas às vezes as coisas mudam e eu fui mudando. E, recentemente, vinha uns carros atrás quando ultrapassei o carro do meu namorado, esmagado, só com espaço para ele mesmo. E no fim ficou tudo bem, mas enquanto não vi o fim, o meio foi complicado...em segundos, percebemos como chatices de dias e meses deixam de fazer sentido. E às vezes vale muito mais a pena mastigar os sapos devagarinho. :)
(desculpa a invasão logo com um testamento:P)
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