quarta-feira, maio 10, 2006

Cale-se, que ninguém lhe perguntou nada!

Confesso que não sou um às do volante. Confesso até que sou um bocado azelha quando se trata de fazer manobras. Mas duma forma geral, desenrasco-me.
Há dias um condutor simpático travou-me a saída dum local de estacionamento e ficou dentro do carro, a olhar. Se eu fosse mais habilidosa podia ter conseguido sair, havia algum espaço livre. Mas fui educadamente pedir ao senhor que recuasse um pouco:
- Não me diga que não consegue tirar daí o carro! - escarneceu ele.
- Preferia que o senhor recuasse. Ou também não é capaz?

....

Hoje foi um estacionamento. O homem estava de pé no lugar onde eu queria estacionar. Não quis atropelá-lo, fiquei à espera que ele saísse. Mas ele, pelos vistos, estava ali só para me ajudar. Com grandes gestos, indicou-me os procedimentos necessários. E depois, enquanto eu endireitava o carro, gritou-me de fora: "Já está. O carro é pequeno!" O meu carro tinha os vidros abertos. Esqueci-me de regular o som, e saíu-me um "Cale-se, que ninguém lhe perguntou nada!". Passei da irritação à vergonha, e saí olhando o chão de calçada portuguesa, com certeza....

2 comentários:

Anónimo disse...

É curioso que esses problemas ligados ao uso do automóvel despertem ns pessoas reacções mesquinhas ou mesmo agressivas. A natureza humana tem destas coisas...

S.A. disse...

AHAHAAHA! Já me fizeste rir!

;p

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...