sexta-feira, abril 14, 2006

Mãos calejadas


Há mãos calejadas. Mãos que sofreram e trabalharam muito. Mãos que poucas vezes receberam uma carícia e que, por isso mesmo, de certa forma se inibem. Inibem-se ao dar e ao receber. Assim são as mãos da minha mãe.

É assim a minha mãe, que ainda hoje adivinha tudo quanto eu preciso.

Hoje não é dia da mãe, mas podia ser.
Eu amo-a.

4 comentários:

Anónimo disse...

Comoveu-me este teu post.Só depois de partirem é que damos o verdadeiro e real sentido à sua existência,por isso todos os momentos deveriam ser de ternura....bjs

Confessionário disse...

Desejo-te uma Santa Páscoa. Afinal vale a pena pensar que Deus nos vai ressuscitar!!

tikka masala disse...

Muito bonito e comovente, o teu texto. Como sempre, curto mas relevante, significativo. Consegues sempre pôr-me a pensar e a sentir coisas que raramente considerava. Thanks!

Teresa Frazão disse...

Mãos de mãe...
Todas as mãos de ternura.
Todas as mãos em concha.
Na concha das mãos, às vezes só o vazio.
Na concha de todas as mãos, o infinito.
Sempre.

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...