sábado, abril 01, 2006

A orelha

Tenho que deixar registado isto, porque foi a coisa mais gira que eu vi hoje: Na Multiópticas, o oftalmologista pediu-me que fixasse a sua orelha esquerda enquanto ele olhava para um dos meu olhos. Tive pena de não ter lá uma máquina fotográfica (E naquelas circunstâncias também não conseguiria fotografar...). A orelha, apenas um vulto escuro à frente de um foco de luz, era algo perfeito: via-se em contraluz cada pelinho. Certinhos, os pêlos: obra de mestre. E só me dava vontade de rir, pensar que estava a observar e a apreciar uma orelha.
Conclusão: deve olhar-se de perto e na penumbra, sempre! "Ao natural" a orelha era banal!...

6 comentários:

tikka masala disse...

Tens veia artística, não há dúvida! E o mais giro é que, com o teu pequeno texto, conseguiste pôr-me a imaginar o que viste. Não há dúvida de que a luminosidade (ou falta dela) realça a beleza das coisas. Mas a beleza também reside muito nos olhos de quem a vê!

tikka masala disse...

Tens veia artística, não há dúvida! E o mais giro é que, com o teu pequeno texto, conseguiste pôr-me a imaginar o que viste. Não há dúvida de que a luminosidade (ou falta dela) realça a beleza das coisas. Mas a beleza também reside muito nos olhos de quem a vê!

tikka masala disse...

Lá estou eu a repetir-me sem querer! Imaciento-me, clico segunda vez no botão porque me parece que a primeira não surtiu efeito... e o resultado está à vista! Desculpa, Dulcineia!

tikka masala disse...

Imaciento-me?! Oh, bolas... era impaciento-me. :(

Anónimo disse...

Pequena crónica bem escrita e bem humorada.
Porque o humor é isso mesmo: olhar a realidade a partir de um ângulo diferente.

Dulce disse...

"Imaciento-me" é giro... Nós (eu e os meus irmãos) costumávamos dizer uns aos outros "não te impancenteies", um misto de impaciência e pão de centeio... :)

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...