Às vezes ocorre-me a ideia peregrina de que a minha vida é improdutiva.
Porque a minha responsabilidade é apenas cuidar de mim, e nem sempre o faço bem. Não há ninguém que precise efectivamente da minha presença, da minha assistência, da minha existência. Sou dispensável. A não ser talvez para as minhas gatas, que precisam que lhes compre Friskies...
E nenhuma outra forma de vida me convinha, essa é que é essa!
Isto não é uma queixa, apenas uma reflexão.
sexta-feira, março 30, 2007
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E quando és tu a errar (muito)?
Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...
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entre todas, a minha música preferida. E hoje é para mim. Ergam lá um copo à minha saúde, que hoje completo 44 anos de vida, e muito feliz e...
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Uma coisa que me deixa realmente curiosa, inutilmente curiosa, aliás, é esta: quem são vocês, os que aparecem nas estatísticas do blogger e...
7 comentários:
"Não há ninguém que precise efectivamente da minha presença, da minha assistência, da minha existência. Sou dispensável."
Como psicóloga já ouvi esta frase 100.000.000.000 de vezes - e até hoje em nenhuma delas se veio a encontrar um fundo de verdade ... hmmm... dá que pensar no poder dos sentimentos, que destorcem a realidade de maneira exímia e quase invisível ao olho nu. Espero que o sono os tenha dissipado durante a noite ; )
Dentro do mais profundo do nosso ser, existe esse desejo profundo de ser indispensável, amado, querido.
Mas cada um de nós tem um lugar único. E tenho a certeza absoluta de que farias falta sim...se olhares bem aos detalhes à tua volta, encontrarás pessoas que precisam de ti.. ainda que nem sempre te apercebas disso!
Bem....
Acho que toda a gente precisa de toda a gente de uma forma geral... mas admitindo que não queres ver a coisa de uma forma tão genérica deixo-te apenas uma pergunta: Não foste tu que te tornaste indispensável para as tuas gatas?
Mas ai eh que estas enganada! Todos precisamos uns dos outros.
Que tal fazeres a contabilidade para quem sente a tua falta começando por meter os 3.926 que te lêem ??
Depois podemos continuar a analisar essa visão tão invernosa para a tal aprendizagem do invencível verão...;o)
Amiga, eu sou pessimista e, por isso, em vez de te dizer que és indispensável, vou dizer-te que sinto o mesmo, muitas vezes. Sei que eu, como toda a gente, sou dispensável. Às vezes penso no que seria da minha filha, por exemplo, se eu morresse. E a verdade é que ela sofreria, mas sobreviveria. Porque o meu lugar, como o lugar de uma planta que se arranca pela raiz, seria ocupado por qualquer outra pessoa. A vida é mesmo assim.
Mas eu sou-me indispensável. Sem mim, não consigo viver. Se me foi dada a oportunidade de cá vir, seria estúpido desperdiçá-la. Umbilicalista? Talvez. Mas pelo menos assim acho que não vivo na ilusão.
Como? Como tal?
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