A quem ocorreria escrever um texto sobre quase nada, as minhas pequenas rotinas em que decorre quase tudo?...
A mim, ocorreu-me.
Porque este é um espaço de diálogo convosco, e se fico calada muito tempo, sinto a falta das minhas e das vossas palavras.
Como se aqui, nesta pequena janela, e a horas incertas nos encontrássemos. Se no final do dia me falha o encontro, o texto, o comentário, fico um pouco menos completa.
Saio do banho e encontro as gatas à minha espera. Estiveram a ouvir o som da água a correr, que adoram, embora não queiram nada com água que lhes toque o pêlo. A Julie está encavalitada na porta da casa de banho, a Nuvem enrodilhada no balde da esfregona (o balde está seco, claro...) Tão diferentes, as minhas gatinhas! (Jamais imaginaria a Nuvem a equilibrar-se em cima da porta da casa de banho... nem ela se imaginaria, suponho.)
Hoje, vontade e necessidade de ir trabalhar inversamente proporcionais...
Tenho tido as minhas noites povoadas de sonhos mais complicados que a minha vida, e ela, a vida, não é sempre fácil. (Mas é fixe!) De noite há acidentes, discórdias, e sei lá que mais que felizmente esqueço assim que o estado de vigília se me impõe. Ó Freud, please, anda cá ver isto do meu id, que há dentro de mim mundos que quero submersos. Ou não venhas, telefona, que te dará menos trabalho, se lá no assento etéreo onde subiste se consentem telemóveis e o roaming não é incomportavelmente caro.
Vou-me.
quarta-feira, novembro 15, 2006
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4 comentários:
Não é o Freud que lhe escreve... sou eu. Não é o mesmo, mas apeteceu-me dizer-lhe que os sonhos, as angústias, as discódias nocturnas são pedaços de nós mesmos discretamente arrumados no caixote do lixo do nosso dia-a-dia. Quando nos incomodam a noite é porque estamos a fazer a limpeza ao caixote. A deitar fora o lixo.
Não lhe disse nada que já não fosse do seu conhecimento, mas disse para dizer que a compreendo - emocional e logicamente.
Eu vou ao outro blog ver, mas tenho andado louco com trabalho. Nem no «Fio de Prumo» tenho escrito e menos ainda no «Desblogueando» (que nome!)... E sinto falta.
Boa noite e bons ou maus sonhos (porque são o "outro lado" deste "lado" de cá).
Obrigada, Luís Alves.
Sei disso, que os sonhos são o outro lado do que vivo, mas cansam-me muito. Acordo cansada. Gostava de pensar que ando a esvaziar o caixote do lixo, mas acho que vão sempre ficando resíduos do lado de cá...
Desejo-te melhores sonhos!
E faço-te um desafio mais logo no meu blog... ;)
Beijocas grandes
Independente dos sonhos, bons, maus... ou assim, assim...
Gostei tanto de ler este texto.
Escreve habitualmente muito bem, e hoje, particularmente, fez-me sentir "saudades" de me lembrar dos sonhos e das sensações que provocam. Há algum tempo que parece que durmo tão à pressa que nem os sonhos tenho tempo de sonhar em condições...
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