quinta-feira, setembro 07, 2006

Está nos genes :-)

Quando eu era pequena, a minha avó comprava confeitos de pinhão, na Páscoa, e guardava-os para nos ir dando, a mim e aos manos.
Mas eu todos os anos descobria o esconderijo das "amêndoas" e era um vê se t'avias.
A minha avó chamava-me estuporina, bruta de merda.
- Ó mããe!!! Olhe a avó a chamar-me nomes!
- O que é que t'eu chamei, bruta de merda?!

Agora a minha gata pequena agarra com unhas e dentes o pacote dos biscoitos de queijo, racionados por mim. Descobre-os onde estiverem, excepto se dentro dos armários, porque não consegue abrir as portas.
Acho graça.

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Festa!!!
Este é o post número DUZENTOS. Já escrevi duzentos textos aqui. Parabéns a quem os leu todos.
E que se apresente, pode ser que haja prémio.

7 comentários:

Xuinha Foguetão disse...

Parabéns!

Não li todos, mas tenho acompanhado os últimos e tenho gostado muito.

Beijocas grandes

Anónimo disse...

Olá Dulce [ou São. Desorganização]!

Finalmente li tudo no teu blogue, pelo que vim cá postar o comentário prometido. Ah, já agora, vi que há prémio por ter lido 200 posts... o que é? :P

Gostei muito de tudo... da ternura pelas gatas, que são lindas (o meu post favorito é este, claro, porque é lindo como a Julie acolheu a Nuvem como sendo dela própria, e vice-versa. também vi que depois deu em chatices (leite, that is), mas pronto... são adoráveis.
Percebi também que o teu irmão está e estará sempre presente, e que o que aconteceu foi algo que sempre te vai marcar. Eu tenho sorte de ter a minha irmã, e espero continuar assim.
Mas o melhor de tudo são os sobrinhos! Ah, isso sim! Então as perguntas! ui... ;)
E depois tudo o resto. Gostei muito do estilo de escrita e de vida, que parece que são um só, afinal. Vou continuar a visitar este teu canto mimento e com cheiro a maresia, claro! E espero-te sempre no meu, que tem sempre a porta aberta.
Beijinhos
Jorge

Dulce disse...

Regressaste, Deep!!!
E, Jorge, que bom que gostaste de me ler! Eu tenho aprendido muita coisa contigo, no teu blog, até me iniciei no postcrossing... :) Quanto ao prémio... huum. Olha, fica congelado, ok? Por causa do déficit.
Xuinha, tu és um amor!

tikka masala disse...

Querida Dulce, é um prazer ler o que escreves. Porque tu és tão bonita e transcreves tão bem essa beleza! Parabéns!!

tikka masala disse...

Não gostei que a tua avó te chamasse esses nomes. O post que escreveste não condiz com festejos e pôs-me um pouco triste. Mas é muito belo, como sempre.

Dulce disse...

Oh, Tikka! A minha avó era velhota, doente e resmungona. Mas gostava de nós e nós gostávamos dela. Provocávamo-la muitas vezes, porque gostávamos de a ver resmungar. Uma grande parte das minhas memórias de infância, têm a figura da minha avó, resmungonazita, e as brincadeiras na quinta onde ela vivia. Quintal, chamar-lhe-ei eu hoje. :)
Não era o género de avó que acarinha e mima, porque não sabia sê-lo, mas sempre gostei dela. E lembro-me nitidamente de estar sentada na cama dela, a olhar para ela muito doente, e ela morreu passados uns dias. Eu tinha 17 anos, e invadiu-me uma sensação de tristeza calma. Gratidão pela vida dela, sabes?
Não guardo nenhumas memórias más da minha avó.
"Estuporina", o feminino de estupor, foi palavra que nunca mais ouvi... Tu conhecias? :)

tikka masala disse...

Acho que sim, mas felizmente nunca me foi aplicado, pelo menos que eu saiba! Fico feliz por teres boas recordações dessa avó. Obrigada por esse pedacinho de memória que escreveste!

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...