quinta-feira, outubro 12, 2006

Uma casa portuguesa

Duas gatas portuguesas, com certeza!
E meio tresloucadas, parece-me.
Duas da manhã.
Faço um esforço e estendo a roupa molhada no estendal, na sala. Um esforço para não me ir deitar sem estender a roupa. "Amanhã vou agradecer-me", penso. Vou à cozinha e, quando volto, suas excelências D. Julie e D. Nuvem estão instaladas em cima da roupa molhada, em cima do estendal.
- Sois parvas ou quê?
Vem-me à memória uma coisa que me disseram ultimamente, que os animais tendem a parecer-se com os donos. É mentira. Os meus óculos estão roídos nas hastes (fica atrás das orelhas, não se vê), D. Nuvem rói os meus óculos enquanto eu durmo, e eu nunca roeria os óculos das gatas, se elas precisassem de os usar.
Alicio-as para o quarto, fecho-lhe a porta, vou pôr o estendal na varanda. Cai o estendal e a roupa molhada, na varanda não muito limpa... Ai!! Mas é noite, amanhã se verão os resultados...
É uma dona de casa sui generis, mas portuguesa, com certeza.

3 comentários:

Ana V. disse...

Há dias que nem de dia nem de noite se deve saír à rua

Luís Alves de Fraga disse...

Retalhos de um quotidiano quase matutino, assim poderíamos chamar a essa aventura da roupa e das gatas.
Minha amiga, estender roupa ao luar é coisa que se não deve fazer...
Não me pergunte a razão, mas, se calhar, porque cai no chão!

Xuinha Foguetão disse...

Também tenho o hábito de estender roupa a essas horas da noite. :)

Beijocas

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...