quarta-feira, agosto 23, 2006

O abandono e a velhice, ou só o abandono


(A foto está torta, mas não me interessa. Também não sei endireitá-la, é verdade.)

Uma casa abandonada, velha, vidros partidos, quintal em desalinho, consegue assustar-me se me detenho a olhá-la.
É assim com as casas, é assim com as pessoas.
A casa não sabe cuidar de si própria. Abandonada, abandona-se. A quantos de nós não aconteceu, ou não acontecerá o mesmo?
Quando as pernas fraquejarem, quando o corpo quiser apenas deitar-se, quando o espírito deixar de fazer perguntas e procurar respostas, quando deixarmos de ler, nos olhos dos outros e na vida, o amor...
Mas não tem que acontecer assim, pois não?

6 comentários:

Anónimo disse...

Saber não existir para ninguém,não ser mais nada,ser apenas um grão de poeira no areal do tempo "...porque tu és pó e ao pó voltarás" (Gen 3:19)...

Dulce disse...

Lol
Animador, consolador, esse teu comentário, Fora da Lei! :)

Anónimo disse...

somos diferentes das casas...diz S.Paulo q à medida q o edifício exterior se desmorona o outro,o q não se vê,pode atingir cada vez maiores esplendores ,pq o pó é habitado pelo Espírito de Deus q não abandona os seus filhos...apenas temos q deixar crescer ,em nós, o dom inestimável da filiação divina

Anónimo disse...

o anonymous é a Maria sonolenta e ...desmoronada..mas sempre em confiança crescente na sua singular,única e irrepetível filiação.Abraços

Dulce disse...

Abraço grande, Maria! Gosto tanto quando apareces por cá! :)

Xuinha Foguetão disse...

Não, não tem de ser assim...

Beijocas

E quando és tu a errar (muito)?

Tenho passado um longo período a descrer dos outros, a proteger-me de quem me faz mal, ou me quer mal, e ontem descobri que tenho sido muito...